sexta-feira, 31 de maio de 2013

Instituto Federal de Alagoas abre inscrições para processo seletivo
Ifal em Alagoas
alagoasnanet //

Estão abertas as inscrições para o processo de seleção do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Mais de 300 vagas estão sendo ofertadas, em todos as unidades do instituto. As inscrições devem ser feitas pela internet e vão até o dia 16 de junho.

As 320 vagas estão sendo ofertadas para os cursos de segurança do trabalho, agropecuária, redes de computadores, mecânica e eletrotécnica. O curso de agropecuária tem duração de um ano e meio, enquanto os demais duram dois anos.

De acordo com o pró-reitor de ensino do Ifal, Luiz Henrique Lemos, os cursos são ministrados nas unidades de ensino em todo o estado. Em Maceió, as vagas abertas são para os cursos de Eletrotécnica, Mecânica e Segurança do Trabalho; em Satuba e Santana do Ipanema, Agropecuária; em Palmeira dos Índios, Redes de Computadores e Segurança do Trabalho. Este último também está sendo ofertado em São Miguel dos Campos.

Lemos explica que os candidatos devem, obrigatoriamente, ter concluído o Ensino Médio para concorrer a uma das vagas. “Os cursos técnicos de nível médio foram disponibilizados para aqueles que concluíram o nível médio e querem uma profissão de técnico. Eles podem se apresentar para as provas, depois passam pelo curso, fazem estágio e podem conseguir um emprego”.

Seguindo a Lei das Cotas, 50% das vagas serão disponibilizadas para alunos da rede pública de ensino e para negros e pardos.
As inscrições devem ser feitas através do site da instituição, até o dia 16 de junho. As provas acontecem no dia 14 de julho.

terça-feira, 14 de maio de 2013




Libertados cerca de 3000 escravos no Brasil em 2012

Houve um aumento de resgates face ao ano anterior. Mas há muitos mais escravos à espera de libertação, alerta especialista.
Cortesia: Instituto Moreira Salles




No dia em que a lei de abolição da escravatura no Brasil celebra 125 anos, o Ministério do Trabalho e Emprego daquele país revelou que, durante o ano passado, 2849 trabalhadores foram resgatados de situações análogas às dos escravos no século XIX.
De acordo com o comunicado do ministério, foram levadas a cabo 255 acções de fiscalização que culminaram nestes resgates, que representam um aumento de 14% face a 2011. Para aquela entidade, "o aumento de número de resgatados deu-se porque as acções fiscais foram realizadas em regiões até então não inspeccionadas".
De acordo com o El País, os resgatados não só trabalhavam em grande latifúndios agrícolas como em siderurgias e estaleiros de construção civil. É, aliás, a indústria siderúrgica a principal fonte de escravos retirados a essa condição: 150 só no estado do Pará.
"O número de resgatados está crescendo por causa de dois factores: por um lado aumentou o interesse dos estrangeiros pelo Brasil, que muitas vezes entram de maneira irregular e se envolvem em condições de trabalho degradantes. Por outro, intensificámos as fiscalizações. Logo, a tendência é encontrarmos cada vez mais estrangeiros de nacionalidades variadas vítimas desse crime", disse à BBC Brasil Renato Bignami, coordenador do programa de Erradicação do Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo.
Ainda de acordo com a BBC Brasil, Luiz Machado, da Organização Mundial do Trabalho, considera que este número de escravos retirados às condições abusivas de trabalho "é só a ponta de um icebergue". "A situação no país de origem é tão má, que ele [o trabalhador escravo] aceita a exploração como forma de alimentar o sonho de um dia se tornar o dono da oficina e ter uma vida melhor", diz, referindo ainda que a maioria destes escravos são estrangeiros que chegam ao Brasil já endividados. Segundo Luiz Machado, os escravos no Brasil virão sobretudo da Bolívia, do Peru, do Paraguai e do Haiti. 

A escravatura no Brasil foi abolida a 13 de Maio de 1888, quando a então regente Isabel de Bragança assinou a chamada Lei Áurea. 
Entrevista

Por uma educação indígena


No Centro de Educação e Cultura Indígena, os educadores se dedicam a manter viva a cultura guarani entre as crianças.


Daniela Landin

Gustavo Morita
Adriano Veríssimo: "O Ceci ajuda muito na manutenção da cultura e da tradição, ao mesmo tempo em que não fecha os olhos para o sociedade não indígena"
Adriano Veríssimo Lima, Karai Poty em guarani, tem 27 anos e trabalha como coordenador educacional do Centro de Educação e Cultura Indígena (Ceci) Tenondé Porã, localizado em Parelheiros, zona sul de São Paulo. Na entrevista abaixo, concedida à repórter Daniela Landin, o educador fala sobre a importância do centro para a manutenção da cultura indígena.

Quais são as atividades que você desempenha?Minha principal função é orientar os educadores que trabalham no Ceci quanto ao conteúdo escolar, à forma de aprendizagem das crianças, com algumas noções de como a educação é vista fora e como é a nossa educação aqui dentro. Como aqui é uma escola de educação diferenciada, a maioria das coisas que a gente aprende tem a ver com a nossa cultura, o nosso jeito de aprender, nosso jeito de ver as coisas.´

> Saiba mais: Escolas indígenas em São Paulo mostram o poder de transformação da instituição escolar e o desafio de formar professores habilitados nos dois saberes
Existe um foco para os conhecimentos indígenas, mas também há uma atenção para os conhecimentos não indígenas?O principal é a cultura e o modo de ser guarani, mas isso não quer dizer que a gente não traga alguma coisa de fora. De fora que eu digo é a educação formal, não indígena. Por exemplo, a gente tem aqui uma sala de aula mesmo, uma sala de computadores. Mas o enfoque é para a educação tradicional guarani.
Quais são os conteúdos e as atividades específicas desta educação tradicional guarani?As atividades específicas vêm da plantação, quais são as épocas corretas de plantar, do artesanato, fazer armadilha, qual época dá para a gente caçar, qual época não pode, informações básicas assim. Como a nossa aldeia fica numa metrópole, São Paulo, e como a nossa área é bem reduzida, não tem como ser da forma tradicional. Antigamente o menino aprendia com o pai e a menina aprendia com a mãe. Hoje estamos restritos a esse centro de educação. Isso não quer dizer que a educação no núcleo da família tenha acabado, mas o Ceci ajuda muito na manutenção da cultura e da tradição, ao mesmo tempo em que não fecha os olhos para o sociedade não indígena.
Como foi o movimento de reivindicação do Ceci?
Surgiu como uma preocupação dos mais velhos e depois que foi colocada em discussão na aldeia, os mais jovens também mostraram preocupação. Tanto é que a maioria dos educadores do Ceci são os mais jovens, com vontade de ensinar para os ainda mais jovens. Por exemplo, eu, que tenho 27 anos, ainda consegui aprender algumas coisas da forma tradicional, com o meu avô, com a minha avó, com os meus pais. Agora mais recentemente, não mais.
Como ocorre a escolha das pessoas que vão atuar como educadores?
Primeiramente, tem que ter conhecimento da cultura guarani. Fora isso tem que ter um pouco de conhecimento da cultura não indígena também. Para a gente, professor não é aquele que fez faculdade, mas aquele que sabe lidar com as crianças, ter paciência, ter conhecimento do que está ensinando. E isso não quer dizer que tem que ter diploma, tem que ter um pouquinho de facilidade, que nem eu e você estamos falando português.
As atividades educativas são feitas em diferentes espaços. Como é feita essa divisão?Cada atividade tem um lugar específico. Canto e dança geralmente a gente faz na Casa de Reza. Aula de educação ambiental, que a gente fala "conhecer o mato", a gente leva na trilha e para a represa. Fora as brincadeiras tradicionais que a gente faz no campo. Tem o Centro Cultural, onde a gente faz algumas brincadeiras. A gente desenvolve conforme a necessidade e conforme o tempo também. Hoje, está garoando, não dá para levar as crianças na trilha. Mas já foi feita uma atividade de manhã na Casa de Reza e depois elas foram para sala de informática.
A educação parece estar presente em todos os momentos da vida guarani. Mas agora existe um lugar específico de educação. Como vocês vêm se relacionando com isso?
Há uns 15, 20 anos a educação era mais na base familiar. A necessidade de ter um centro de educação surgiu porque a cidade foi se envolvendo, fomos perdendo as terras, não tinha mais onde plantar, onde caçar. Estávamos perdendo um pouco desse vínculo familiar. Isso não quer dizer que a gente perdeu completamente. Eu não moro com a minha mãe, mas toda a vez que eu vou a casa dela a gente conversa, ela fala alguma coisa de como eu tenho que respeitar as pessoas, como as pessoas demonstram respeito por mim.
Qual vem sendo o aprendizado na sua experiência desde 2005?
Aprendi muita coisa. Algumas coisas que eu sabia foram reforçadas. Algumas coisas que eu não sabia, aprendi com os mais velhos. Como eu saio bastante para a cidade, algumas pessoas me perguntam se eu sou índio. Aí eu falo assim: "sou". A pessoa fala: "mas índio não vive só na Amazônia, no Mato Grosso...?" Eu posso ser índio em qualquer lugar que eu for. É só eu não perder as minhas raízes, a minha cultura. Aí eu posso ser índio. Não importa o lugar que eu vá, não importa o lugar que eu for. As pessoas perguntam: "mas por que hoje em dia índio usa celular, usa computador?" Aí eu falo: "celular, computador ajudam muito a gente. Eu posso falar com uma liderança de outra aldeia ou com um familiar meu que está longe, mesmo que não seja da mesma etnia, talvez esteja acontecendo alguma coisa na aldeia dos Xavante, lá no Xingu... aí a gente fica sabendo de tudo". Acho que é isso, não perder a raiz. A gente mora em São Paulo, a maior metrópole da América Latina, mesmo assim a gente fala em guarani, as crianças todas falam guarani, mesmo sabendo português. Mas quando alguém vem de fora, a gente também se comunica em português.
Existe também o ensino de português?Existe também. Mas, aqui, no Ceci, [que atende crianças] de 0 a 6 anos, só ensinamos os costumes, a língua. Só depois que passa para a escola estadual é que aprende o português.
Você conhece outros projetos de educação escolar indígena, além dos Cecis?
Igual ao Ceci a gente não tem conhecimento que tenha em outros estados. Uma escola que pega a criança desde a base, desde a raiz e coloca na cabeça que ela é índia. Isso não quer dizer que ela tenha que ser somente índia. Tem que se comunicar com o mundo de fora, ter uma interação com pessoas diferentes, que não falam a mesma língua. [É preciso] preparar a criança para o mundo sem fazer com que ela deixe de ser o que ela é.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A vida não vem com um manual de instruções, vem com uma Mãe!! Parabéns à todas as mamães!!!
Com 94,16% dos votos válidos, Roseane Ferreira Vasconcelos e Suzana Pereira Bento foram eleitas Gestoras da Escola Estadual Dr. Jorge de Lima, biênio 2013-2015.


Eleição para Gestores na Escola Estadual Dr. Jorge de Lima em 09.05.2013. 










quarta-feira, 8 de maio de 2013

Atenção professores, funcionários, alunos e responsáveis pela matrícula escolar: em 09 de maio de 2013, haverá eleição para diretor da Escola Estadual Dr. Jorge de Lima - biênio 2013-2015. PARTICIPEM!
Atenção professores, funcionários, alunos e responsáveis pela matrícula escolar: em 09 de maio de 2013, haverá eleição para diretor da Escola Estadual Dr. Jorge de Lima - biênio 2013-2015. PARTICIPEM!

terça-feira, 7 de maio de 2013


Jorge de Lima


Jorge Mateus de Lima nasceu em União dos Palmares, no estado de Alagoas, em abril de 1895. Formou-se em Medicina em 1915. Foi deputado estadual (1926), em Alagoas, e vereador (1946), no Rio de Janeiro, onde viveu a partir de 1930. Ali, clinicou e lecionou Literatura, nas universidades do Brasil e do Distrito Federal, e seu consultório tornou-se um centro de reunião de intelectuais e artistas. Em 1935, converteu-se ao catolicismo, o que se reflete fortemente em  sua obra. Vinculado à segunda geração do Modernismo, é um dos mais conhecidos e prestigiados autores da literatura nacional. Poeta maior, autor de romances importantes e médico de prestígio, morreu em novembro de 1953 no Rio de Janeiro. Inventivo, engenhoso, disposto a experimentalismos e extremamente sensível ao drama humano, Jorge de Lima foi um dos maiores tradutores da alma brasileira. Capaz de dar profundidade ao pueril e doçura ao trágico, sua poesia envolve e contamina o leitor num clima de busca essencial.

O poeta Jorge de Lima começou pelas formas clássicas, adotou as idéias modernistas e, por fim, constituiu-se num dos mais completos poetas da língua portuguesa, com uma obra de crítica social, sentido religioso e clara pulsão metafísica, com matizes surrealistas. Sua poesia mereceu ensaios entusiasmados de grandes homens das letras, como Mário Faustino, Otto Maria Carpeaux, Gilberto Freyre e Roger Bastide, tornou-se indispensável em antologias e é objeto de estudo nas universidades. Alguns de seus versos vivem na memória e na alma de milhões de brasileiros: “Ora, se deu que chegou /(isso já faz muito tempo) /no bangüê dum meu avô / uma negra bonitinha, /chamada negra Fulô. // Essa negra Fulô!/ Essa negra Fulô!” (In: Poemas).

Nascido na região onde existira o Quilombo de Palmares, Jorge de Lima viveu os primeiros anos da infância entre a casa grande do engenho de seu pai e o sobrado da família, na pequena cidade de União. O autor dizia que fora aos 8 anos, ao visitar a Serra da Barriga, onde Ganga Zumba instalara o famoso quilombo de escravos, mais tarde governado por Zumbi, que, pela primeira vez, sentira-se tocado pela poesia. Essa paisagem da infância, a lembrança das mães-pretas e as marcas da cultura negra estarão presentes em toda sua obra.

Suas primeiras poesias foram escritas aos sete anos. O soneto O Acendedor de lampiões, seu primeiro sucesso literário, foi composto aos 13 anos e divulgado quando o poeta contava 17. Desde então, seu nome passou a circular nos meios literários. Aos 21 anos, lançou seu primeiro livro, XIV Alexandrinos, com poemas ainda nos moldes parnasianos, e passou a ser considerado o “Príncipe dos poetas de Alagoas”.

O segundo livro, entretanto, Poemas (1927), escrito em 1925, já traria poemas escritos em versos livres e linguagem coloquial. Nessa virada, os temas clássicos também dão lugar a memórias da infância e da região natal. Em seguida, viriam Novos Poemas (1929), inspirado, sobretudo, no folclore negro, e Poemas Escolhidos (1932). Em 1935, após a conversão ao catolicismo, escreve Tempo e Eternidade, em parceria com Murilo Mendes, e Túnica Inconsútil. Nesses livros, o sentimento religioso presente em toda sua obra, ganha feições efetivamente cristãs, sob o lema “restauremos a poesia em Cristo”. Em 1940, em prefácio à primeira edição espanhola de seus poemas, Georges Bernanos exalta seu alcance universal, como fará, anos mais tarde, Gilberto Freyre, em prefácio a Poemas Negros (1947), título que apresenta, além de 16 poemas já publicados em outros livros, uma série de 23 poemas inéditos que traça a trajetória do negro no Brasil, a partir de seus orixás, mitos e personagens.

Para o meio literário brasileiro, 1952 é o ano de Invenção de Orfeu, o grande poema da brasilidade, uma epopéia lírica, onde o poeta é o herói que atravessa o tempo e o espaço, buscando evitar a queda diante das vicissitudes do mundo.

Ganhador do Grande Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, o autor deixou também uma importante obra em prosa, onde se destacam os romances A Mulher Obscura, obra de conteúdo mítico que fala sobre a busca da Bem-amada, um dos temas reincidentes no universo do autor; O Anjo, um experimento surrealista ou super-realista, e, sobre todos, Calunga, romance social que recria o retorno de um homem à terra natal, depois de anos na cidade grande. A trajetória do protagonista identifica-se com o próprio Nordeste do Brasil e suas relações de poder desiguais.
“Jorge de Lima é um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos, enriquece o brasileiro das áreas menos coloridas pela influência africana, com a expressão poética de sua experiência de nordestino de bangüê nascido e criado perto dos últimos “pombais negros” (...) Ao mesmo tempo ele põe o estrangeiro que se aproxima da poesia brasileira em contato com uma das nossas maiores riquezas: a interpretação de culturas, entre nós tão livres, ao lado do cruzamento de raças.”
Gilberto Freyre,em prefácio a Poemas Negros
“Temos, em Calunga, um realismo claro, como o que acabou trespassando a fase nordestina de Jorge de Lima, e que abrange a fala do lugar, o sentimento religioso, e o trabalho sisifiano (...).”
 
Marcos Luchhesi, crítico literário
 

OBRAS
Romances- Salomão e as Mulheres – 1927, Editora UFPR
- O Anjo – 1934, Civilização Brasileira- Calunga – 1935, Civilização Brasileira
- A Mulher Obscura – 1939, Civilização Brasileira
- Guerra dentro do Beco – 1950, Civilização Brasileira
 
Poesias
- XIV Alexandrinos – 1914, (no prelo), Editora Record
- Novos Poemas / Poemas Escolhidos / Poemas Negros / Livro de Sonetos – 1949, (no prelo), Editora Record
- Castro Alves – Vidinha – 1952, (no prelo), Editora Record
- Melhores Poemas de Jorge de Lima – 1994, Global Editora
- Poesia Completa – 1997, Nova Aguilar
- Poemas – 1927, 2004 – Editora Record
- Invenção de Orfeu – 1952, 2005, Editora Record
- Anunciação e Encontro de Mira-Celi / Tempo e Eternidade (com Murilo Mendes) / A Túnica Inconsútil – 1950, 2006, Editora Record
- Poemas da Infância e Sonetos / Poemas Dispersos - (no prelo), Editora Record
Não Ficção: Ensaios (fora de mercado)- A Comédia dos Erros – 1923, Jacinto Ribeiro Editores
- Dois Ensaios (Proust e Todos Cantam sua Terra) – 1929, Casa Ramalho; 1934, Civilização Brasileira- Anchieta – 1934, Civilização Brasileira
- História da Terra e da Humanidade – 1937, ABC; 1944, Epasa- Vida de São Francisco de Assis – 1942, Zélio Valverde
- D. Vital – 1945, Agir- Vida de Santo Antonio – 1947, Edições Ocidente