SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO
ESPORTE
7ª COORDENADORIA REGIONAL DE ENSINO
ESCOLA ESTADUAL DR. JORGE DE LIMA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
UNIÃO DOS PALMARES – ALAGOAS
2011
“(...) é político por estar intimamente articulado ao compromisso
sócio-político com os interesses reais e coletivos da população majoritária; e
pedagógico no sentido de definir as ações educativas e as características
necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.”
(Veiga, 1998, p. 15)
SUMÁRIO
JUSTIFICATIVA.............................................................................................................4
OBJETIVOS.....................................................................................................................6
MARCOS DE
REFERÊNCIAS.......................................................................................7
1. Marco
Situacional......................................................................................................7
2. Conhecimento da
realidade
escolar...........................................................................8
3. Recursos
Humanos..................................................................................................10
4. Estrutura da
Escola..................................................................................................11
5. Investimentos
Financeiros.......................................................................................12
6. Organização do
Ensino............................................................................................13
7.
Metodologia.............................................................................................................14
MARCO
TEORICO........................................................................................................15
MARCO
OPERATIVO..................................................................................................19
1. Diagnóstico e Análise da Situação
Escolar............................................................19
2.
Currículo/Avaliação da Aprendizagem
.................................................................19
3. Programa de
Atividades
Escolares.........................................................................24
4. Avaliação
Institucional...........................................................................................25
5. Avaliação e
Atualização do projeto político Pedagógico.......................................25
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA................................................................................28
ANEXOS.........................................................................................................................29
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
Nome:
Escola Estadual Dr. Jorge de Lima
Endereço:
Rua Tavares Bastos, 233
União dos Palmares – AL
FONE: (82) 3281-2959
CEP: 57.800-000
E-mail: jorgedelima.see.al@gmail.com
Rede de Ensino:
Estadual
Tipificação:
Ensino Fundamental
- 1º ao 9º ano
- Educação de Jovens e Adultos
- Educação Especial
Gestores:
Roseane Ferreira Vasconcelos
Suzana Pereira Bento
Coordenadora: Rosimyre Ferreira de
Souza
Colaboradores:
Corpo docente, discente e
funcionários
A construção
do Projeto Político Pedagógico legitima sonhos, idéias e a vontade política de
todos que fazem a comunidade escolar vivenciarem a democratização da escola pública,
mudanças de paradigmas, valores e concepções, redefinindo as ações pedagógicas,
configurando-se numa escola de qualidade, onde o aprender seja sinônimo de
ingresso, regresso, permanência e sucesso de toda criança, jovem e adulto que
fazem a escola.
Com
este projeto, a escola solidifica sua responsabilidade pela formação de um
cidadão capaz de compartilhar idéias, respeitar as diferenças culturais,
étnicas, de idade, religião, costumes, gêneros, sistemas políticos e
econômicos. Mas para isso acontecer, faz-se necessário transformar a escola em
um espaço privilegiado para análise, discussão e reflexão da realidade,
exigindo o comprometimento, o envolvimento e a participação de todos, buscando
soluções para inúmeros problemas existentes. Para tanto, é também dever do
poder público comprometer-se e garantir uma educação de qualidade.
Construímos
o presente projeto de acordo com os princípios e fins da Educação contidos no
artigo 3° da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, n° 9394,
de 20 de dezembro de 1996, a fim de possibilitar “o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
O
acesso a esta educação comprometida é primordial, e nos coloca o desafio de
subverter os índices de evasão e repetência que historicamente tem marcado a
educação no país, e em especial em nosso estado e a incluir verdadeiramente o
aluno com necessidades especiais na sala regular de ensino.
O
artigo 53, inciso IV do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garante às
crianças e adolescentes, seu acesso e permanência na escola, e exige
providências, dos pais, da comunidade civil, das autoridades de ensino e do
Conselho Tutelar. Igualmente, estabelece o direito do estudante infanto-juvenil
de ser respeitado por seus educadores, de poder contestar critérios
avaliativos, recorrendo, se for o caso, a instâncias escolares superiores, de
maneira a atender as suas necessidades.
Pautados
nestes princípios é que revemos o papel da escola, para direcioná-lo a partir
de um projeto educacional real, acreditando no exercício de uma escola cidadã, com
a melhoria da qualidade pedagógica e administrativa, do processo de
aprendizagem, das relações escola e comunidade, educadores e educandos e
vice-versa. Neste contexto, surge à necessidade de uma gestão que viabilize um
projeto coletivo e democrático, proporcionando a participação de todos os
membros da comunidade escolar, sabendo-se que um projeto é um instrumento
necessário para que as transformações se efetivem, aumentando a eficiência
escolar, eliminando o desânimo, a descrença, dando lugar á busca, ao desafio,
ao encontro, à esperança, ao afeto, à realização e à transformação, exercendo
assim a cidadania e a transparência dos instrumentos utilizados no processo
educativo.
A
escola deverá exercer um trabalho diferenciado, baseado nos eixos norteadores
das Diretrizes Curriculares de Educação Básica, como solidariedade,
sensibilidade, criatividade, direitos e deveres da cidadania, e para a
realização desse trabalho, a escola terá compromissos e competências a assumir,
sabendo do grande desafio a enfrentar.
GERAL:
·
Proporcionar, através da construção e
implementação do projeto político pedagógico, mudanças na prática docente,
visando melhoria no processo de ensino-aprendizagem, buscando assim uma escola
cidadã, inclusiva e de qualidade.
ESPECÍFICOS:
·
Adotar posturas que levem às ações
transformadoras no ensino-aprendizagem;
·
Investir na formação continuada do corpo
docente;
·
Sensibilizar a comunidade escolar para a
importância e necessidade de reuniões entre todos os segmentos;
·
Capacitar o Conselho Escolar, visando a sua
atuação;
·
Redefinir ações através do conselho de classe,
que venham melhorar o rendimento dos alunos;
·
Oferecer palestras sobre diversos temas, a fim
de manter a harmonia entre aprendizagem escolar e vida social de cada aluno;
·
Desenvolver competências e habilidades que
possam mudar as relações interpessoais, através de ações continuadas;
·
Conscientizar a comunidade escolar da
importância de trabalhar com projetos, como um meio de facilitar a
aprendizagem;
·
Buscar uma auto-avaliação contínua, tanto
institucional quanto profissional.
A
Escola Estadual Dr. Jorge de Lima recebeu este nome em homenagem ao grande poeta, médico e político palmarino,
reconhecido internacionalmente por seus trabalhos literários. Por falta de
registros, não se sabe exatamente a data de fundação, mas, segundo depoimentos
de ex-alunos, pressupõe-se que foi fundada no ano de 1953.
O
município de União dos Palmares, onde se encontra a sede da escola, recebeu
vários nomes até chegar ao atual em 1944. Com a população de 58.608 habitantes
(Censo 2000/IBGE), ocupa o 5° lugar em população e o 4° em economia do Estado
de Alagoas. Ao norte, limita-se com os municípios de São José da Laje,
Ibateguara e Colônia Leopoldina, ao sul, com o município de Branquinha e ao
leste, com o município de Joaquim Gomes.
O
município conta com amplos recursos energéticos advindos da Usina Hidroelétrica
de Paulo Afonso e hídricos, em razão de ser banhado pelo Rio Mundaú. Desenvolve
atividades agrícolas, pecuárias e industriais, pois há instalada uma usina de
álcool e uma granja com as instalações mais modernas do país, uma indústria de
laticínios entre outras empresas, contribuindo assim para a economia local. E
por ser a cidade onde foi travada a maior luta por liberdade no país, o
“Quilombo dos Palmares”, possui um grande potencial turístico, cultural e
artesanal, mas que é pouco aproveitado e impulsionado pelo poder público e pela
sociedade civil organizada. Até mesmo o artesanato em barro produzido no
Muquém, comunidade remanescente do Quilombo dos Palmares, não possui apoio nem
infra-estrutura necessária para impulsionar a produção.
A
nossa clientela é constituída, na maioria, de alunos que moram nos bairros
próximos à escola, mas também temos alunos da zona rural que utilizam
transporte escolar ofertados pelas redes estadual e municipal de ensino.
O
espaço físico é composto por 06 salas de aulas, 01 pátio coberto, 01 cozinha,
04 banheiros, 01 sala de professores, 01 laboratório de informática, mas não
temos espaço para biblioteca, sala de vídeo e precisamos de mais salas de aula
para atender a demanda, no entanto, buscamos otimizar nosso funcionamento a
partir do espaço existente.
A
escola é mantida com recursos financeiros e materiais enviados pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE – o PDDE e o PNAE e recebe da
Secretaria de Estado da Educação e
Esporte o recurso para a compra do Gás.
A
administração escolar é desenvolvida sob a forma de gestão democrática, onde os
gestores são escolhidos através de eleição direta, com a participação dos
segmentos pai, aluno funcionário e professor. Além da eleição direta para
diretores, há eleição para membros do Conselho Escolar, que tem como finalidade
“promover a integração do Estado, da sociedade e da Comunidade Escolar, visando
a gestão democrática e o exercício da cidadania” (Estatuto da Unidade
Executora, capítulo I, seção II), e caráter deliberativo, consultivo e
fiscalizador referente à gestão pedagógica, administrativa e financeira da
unidade de ensino.
É
neste contexto que a comunidade escolar está inserida, e onde buscamos superar
as dificuldades, a fim de desenvolver nossos trabalhos administrativos e
pedagógicos.
A
Escola Estadual Dr. Jorge de Lima está situada na zona urbana, no centro da
cidade, sendo sua localização de fácil acesso. Temos poucos alunos que utilizam
transporte escolar, os que moram na zona rural e os alunos especiais.
Atendemos
nos três turnos, no diurno funcionam de 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental e
Educação Especial, e no noturno funcionam o 1º e o 2° Segmento da Educação de
Jovens e Adultos, sendo que o 1° Segmento é gerido pela 7ª Coordenadoria
Regional de Ensino, através do Projeto Viajando pelo Saber, que é
descentralizado em diversas extensões no município.
Suas
instalações, embora funcionando, precisam de reforma e ampliação. Precisamos construir um depósito para
armazenar material escolar e de limpeza, um refeitório, uma sala de reuniões
pedagógicas, salas de aula para atender a demanda da comunidade local e uma
sala para a biblioteca, pois espaço temos para ampliação da estrutura física da
escola.
O
relacionamento interpessoal em nossa escola é bom. Como em todo ambiente de
trabalho, existem problemas e divergências, mas não a ponto de atrapalhar no
desenvolvimento e andamento das atividades do cotidiano escolar.
Os
nossos alunos são economicamente carentes e com a auto-estima muitas vezes
comprometida por um sistema que oprime e não permite que os mesmos criem
perspectivas de uma vida melhor. Percebemos que nossos alunos do noturno têm a
certeza de que a escola é o único espaço que poderá colaborar com a sua vida
enquanto cidadão.
A
gestão escolar se dá numa concepção democrática, onde as ações são discutidas
no coletivo. Temos o Conselho Escolar, que é atuante, ao ser convocado para uma
reunião, consegue uma participação, em média, de 90% de sua composição. Temos eles como uma instância de decisão que
interage no processo educativo pedagógico e administrativo.
Junto
à família, buscamos ter um relacionamento próximo, uma vez que a mesma pode
contribuir como parceiros para solucionar problemas no processo de ensino-aprendizagem.
Procuramos
organizar o currículo de maneira contextualizada, tentando implantar o que a
legislação exige e adequar às necessidades educacionais do aluno. A Matriz Curricular
é enviada pela Secretaria Executiva de Educação do Estado de Alagoas – SEEE/AL.
A
formação dos professores se dá de forma continuada ao longo dos anos. Os
educadores participam de seminários, encontros, palestras, realizadas pela SEEE
quando há, e de alguns encontros de
estudo e avaliação realizadas na escola.
Procuramos garantir o
crescimento pessoal de cada aluno e do desenvolvimento dos grupos, tornando-os
mais florescentes, mais ricos e capazes do diálogo e da interação com os outros
indivíduos, para que este possa crescer enquanto profissional.
Nossa
escola é formada por 13 professores efetivos, 12 contratados temporariamente para
atender as disciplinas onde não temos professores efetivos; 01 coordenador
pedagógico; 01 agente administrativo; 01 secretária escolar; 03 merendeiras
(uma em cada turno); 03 auxiliares de serviços diversos ( 01 em cada turno ); e
05 vigias distribuídos em horários diferentes. A administração é composta por
02 gestores – 01 geral e outro adjunto. A totalidade de funcionários e suas
respectivas habilitações/formação encontram-se nos formulários em anexo.
A
partir do I Congresso Estadual Constituinte, expressos na Carta de Princípios
da Educação, em favor da construção de uma “Escola Democrática Cidadã”, a
comunidade escolar se posicionou a favor desta proposta.
No
ano de 2001 ocorreu a primeira eleição para diretor geral e adjunto, elegendo
Josefa Cristina Marques da Silva e Quitéria da Silva como adjunto.
Com
a gestão democrática nas escolas estaduais, implanta-se o Conselho Escolar e o
Conselho do Caixa Escolar, onde o primeiro era responsável pelo pedagógico e
administrativo, e o segundo se responsabilizava pelos recursos advindos do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Em 2004, aconteceu o II
Congresso Estadual Constituinte da Educação do Estado de Alagoas, e para
atender algumas deliberações do congresso foi necessário alterar o estatuto que
regia os conselhos escolares, unificando o Conselho Escolar e o Conselho do
Caixa Escolar em um único, denominado de Unidade Executora Conselho Escolar da
Escola Estadual Dr. Jorge de Lima, que tem na composição dezesseis (16)
membros, paritariamente representantes dos quatro segmentos escolares,
compreendendo professores, funcionários, pias/responsáveis e alunos em
exercício nesta unidade de ensino. Os membros representantes são eleitos pelos
seus pares através de eleição direta e para o exercício de dois anos.
O
Ministério da Educação e Cultura (MEC), através do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação, envia recursos anualmente às escolas. Esses
recursos são gerenciados pelo Conselho Escolar onde este fiscaliza e faz a
prestação de contas à Secretaria Estadual de Educação e do Esporte (SEEE).
A
escola recebe merenda escolar através do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE). A Secretaria Estadual de Educação envia um cardápio para suprir
parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos. Periodicamente nossas
merendeiras recebem formação para melhor utilizar os produtos e qualificar o
preparo da merenda para os alunos.
Procuramos
nos embasar em elementos que facilitem o processo ensino-aprendizagem, buscando
envolver tanto a comunidade interna como a externa nesta tarefa de educar e
assim cumprir nosso papel social.
Já
dizia GARCIA (1996), “(...) Vivemos hoje no Brasil, quer dentro da escola, quer
no espaço mais amplo da sociedade, o entusiasmo (de alguns) pela onda de
neoliberalismo que varreu o mundo, que aqui foi chegando e que agora parece ter
se instalado, para ficar – a não ser que os que não aderiram se organizem e se
manifeste com vigor.”.
Procuramos
através de nosso trabalho permitir que nosso aluno construa seu próprio
conhecimento, defendendo assim a pedagogia Freiriana e a teoria construtivista.
Buscamos mudanças e aceitamos nossas transformações.
Através
de projetos, reuniões e festividades, buscamos integrar a comunidade externa
nas discussões educacionais a ponto de contribuir para que possamos realmente
desempenhar nosso papel social, refletindo nos futuros cidadãos que formaremos.
De forma direta ou indireta mantemos contato com a SEEE, a fim de assegurar
nosso trabalho pedagógico e burocrático. Para contribuir com o trabalho
escolar, contamos, sempre que preciso, com a parceria da Prefeitura Municipal,
escolas, igrejas, sindicatos e associações.
O
calendário Escolar, é construído para atender nossa clientela, assegurando o
cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional(LDBEN) n°
9.394/96, em seu artigo 12.
A escola disponibiliza de mapas, jogos
educativos, globo terrestre, DVD, TV, retroprojetor, projetor, computadores,
todos voltados para melhorar o aprendizado dos nossos alunos.
Os
investimentos financeiros recebidos pela escola advêm do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação – FNDE, através do Programa Dinheiro Direto na
Escola – PDDE, e da Secretaria Executiva de Educação e do Esporte do Estado de
Alagoas – SEEE/AL.
Os
recursos do FNDE são enviados à escola anualmente sob a forma de dinheiro, e a
quantia é calculada de acordo com o número de alunos informados no Censo
Escolar do exercício anterior. Para aplicação destes recursos é necessário
obedecer as determinações legais exigidas pelo fundo, onde 70% do valor recebido
deve ser aplicado na compra de material de consumo e 30% na compra de material
permanente.
O
gerenciamento deste recurso é de responsabilidade do Conselho Escolar, que na
execução e prestação de contas respeita as determinações legais, bem como as
necessidades emergenciais da escola, visto que a verba não é suficiente para
suprir toda a carência material da escola.
Compreendendo
que a aprendizagem precisa ser a principal preocupação da escola, visamos uma
mudança considerável na prática educativa para que tenhamos sucesso no processo
de ensino-aprendizagem.
Nossos
professores buscam, dentro de suas limitações, desenvolvem seu trabalho de
forma que o foco central é o APRENDER do aluno. A metodologia com projetos
didáticos tem contribuído bastante em nosso trabalho.
A
escola vem crescendo muito no que diz respeito ao incentivo de pesquisa e
leitura, porém a falta de uma biblioteca ainda é um entrave para desencadearmos
mais ações de pesquisa e leitura. Entretanto em nosso cotidiano escolar
realizamos uma atividade de empréstimos de livros de literatura infanto juvenil
que disponibilizamos para os nossos alunos, já que não temos a biblioteca em
nossa unidade escolar.
Preocupamo-nos
com conteúdos que sejam úteis na formação de nosso alunado. Acreditamos que é A
ESCOLA a principal instituição social que se preocupa com a formação do
cidadão, formando sujeitos críticos e reflexivos sobre sua realidade. Contamos
com a colaboração dos professores para que se preocupem com sua formação profissional
a fim de oferecer um trabalho com qualidade. Nóvoa (1993: p 27) já afirmava que
“O aprender contínuo é essencial e se
concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como
lugar de crescimento profissional permanente”.
A
formação de classes se dá no início do ano letivo de acordo com a faixa etária,
por série e sempre que possível atendemos as necessidades dos pais pela opção
do turno.
A escola se preocupa com a Educação
Inclusiva. Temos alunos inclusos em algumas turmas, portadores de necessidades
especiais: deficiência mental (DM) e deficiência auditiva (DA). Fazemos nosso
trabalho com estes, de forma que, ao longo do processo possam se sentir realmente inclusos na sociedade. Uma grande
dificuldade nossa é o fato de termos apenas um interprete, e temos ainda uma
turma para DM’s, que configura-se insuficiente para a demanda da comunidade.
A
organização do ensino na escola se dá através do sistema seriado, de acordo com
o capítulo II, seção I, artigo 23. O Ensino Fundamental regular (atendemos apenas de 1° ao 9º ano),
com duração de nove anos, conforme seção III, artigo 32, O 1º segmento e o 2º
segmento da Educação de Jovens e Adultos ( com duração de 03 anos para cada
segmento) conforme seção V, artigo 37 e Atendimento Educacional Especializado
conforme o capítulo V, artigos 58, 59 e 60 da LDBEN1.
Obedecendo
ao artigo 24, inciso I, da LDBEN 9394/96, organizamos o calendário escolar com mínimo
de 210 dias letivos com uma carga horária mínima de 840 horas para as turmas do
1° ao 5º ano, 880 horas para as turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e
640 horas para o 1º segmento e 2º segmento da Educação de Jovens e Adultos.
As
disciplinas são organizadas de acordo com a Matriz Curricular enviada pela
Secretaria do Estado de Educação e Esporte, revista a cada inicio de ano letivo.
O ano letivo está organizado em períodos semestrais onde o educando(a) é
avaliado durante todo o processo de ensino e aprendizagem, utilizando-se de
instrumentos avaliativos.
As
aulas de 1º ao 9º ano (incluindo Educação Especial) são ministradas em um tempo
de 4 horas com 15 minutos de intervalo. Na modalidade EJA, são ministradas 3
aulas com tempo de 60 minutos cada e 15 minutos de intervalo.
As
atividades pedagógicas desenvolvidas têm como base as Diretrizes Curriculares
Nacionais, além de serem complementadas com alguns projetos que enriqueçam o
conhecimento da realidade social em que nosso alunado está inserido.
Para
desempenhar estas atividades, utilizamos como recurso: aulas expositivas,
debates, produção textual e visual, aulas de campo, socialização de trabalhos
de sala, pesquisa, músicas, cartazes e vídeos, buscando contextualiza-las com a
realidade na qual o nosso alunado está inserido.
MARCO TEORICO
O
modelo de sociedade que temos hoje e consequentemente a do sujeito que está na
escola, requer reflexões sobre o papel da mesma. Ao longo dos anos ocorreram
grandes transformações tanto tecnológicas, científicas e de comunicação que contribuem
para que o homem aprimore seus conhecimentos e a escola necessita acompanhar
essas mudanças para que o alunado encontre neste espaço que o motive a
permanecer na escola. “Ou a escola inova,
mudando de mentalidade e atitude frente ao mundo, ou poderá sucumbir ao peso da
velocidade das mudanças.” (GONÇALVES, 1998: p 32).
São
grandes as dificuldades que se colocam para o sistema de ensino do Estado de
Alagoas (rede estadual, municipal e particular), especialmente com relação à
repetência e evasão escolar, fenômenos amplamente diagnosticados, mas que
assumem proporções cada vez maiores diante da impotência da escola em garantir
a permanência e o progresso, série a série, do aluno ao longo do processo de
escolarização. Com esses indicadores, e considerando que é na escola pública onde
os índices de exclusão de crianças, jovens e adultos do sistema educacional são
mais acentuados, faz-se necessário que a escola discuta essa problemática e
aponte formas de organização capazes de melhorar a qualidade de ensino no
Estado.
A
escola precisa ter bem definida a sua função social e em qual concepção de
educação baseia o seu trabalho, caracterizando-se como política, pela sua
intencionalidade, confirmando assim a sua não neutralidade. Como diz LUCKESI
(1994: p 21) “A educação é uma prática direcionada
por uma concepção teórica”.
A
escola assume tendências de caráter progressista e por vezes conservadoras,
pois consideramos que as duas posturas completam nossas práticas e contribuem
para o processo ensino e aprendizagem . Há um grande esforço em possibilitar ao
educando Aprender a Aprender, colocando o aluno como centro e sujeito do
processo ensino-aprendizagem, dando a infância um sentido próprio, diferente do
mundo dos adultos, abolindo o culto dos modelos e do autoritarismo, levando em
consideração as diferenças individuais, o ritmo e as aptidões de cada aluno.
Libâneo escreve: “À escola cabe suprimir
essa experiências que permitam ao aluno educar-se, num processo ativo de
construção e reconstrução do objeto, numa interação entre estruturas cognitivas
do ambiente.”. ( LIBÂNEO,1985: p 26).
È
com essa visão que a escola trabalhar conteúdos que sejam úteis na formação do
aluno. Para isso estabelecemos como princípios básicos o entendimento dos
conteúdos como meios; considerando as varias formas de linguagem para a
aquisição dos conhecimentos; metodologia variada e técnicas diversificadas
aproveitando todos os espaços e tempos da escola.
È
na relação de seus pares que a escola busca a harmonia favorável ao convívio
democrático, pois como nos afirma LIBÂNEO (1985: p 26) não há privilégios na
relação e sim uma convivência democrática entre professor-gestor-aluno e dos
alunos entre si, visto que ela deve surgir da tomada de consciência dos limites
da vida grupal. Tendo na figura do aluno o centro no processo ensino
aprendizagem enquanto que nós procuramos assumir o papel de orientador e
estimulador desse processo.
Com
a preocupação de uma aprendizagem significativa, procuramos tornar o ambiente
escolar estimulador e acreditamos que o ato de aprender se dá, sobretudo, por
motivações interiores, pois toda aprendizagem é uma auto-aprendizagem.
O currículo do Ensino
Fundamental é formado pela Base Nacional Comum, complementada por uma parte
diversificada. Tendo assegurado o ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, desenvolvidos por meio de
conteúdos, que garantam o reconhecimento e a igualdade de valorização das
raízes africanas. , através de competências que busquem a consolidação da
democracia brasileira. Isso acontece em especifico nas disciplinas de História,
Ensino Religioso Língua Portuguesa como também em projetos didático.
Entendemos
o currículo como um espaço de produção, criação e transgressão cultural. Mas a
concepção de currículo para os nossos professores precisa ser mais trabalhada,
pois desconhecem sua função para a realização do mesmo. É bastante pertinente a
afirmação de FORQUIM :
(currículo é) o
conjunto dos conteúdos cognitivos e simbólicos (saberes, competências,
representações, tendências, valores) transmitidos (de modo explícito ou
implícito) nas práticas pedagógicas e nas situações de escolarização, isto é
tudo aquilo a que poderíamos chamar de dimensão cognitiva e cultural da
educação escolar.(FORQUIM. In: Jornal da Educação, 2000: 25)
Trabalhamos com o currículo
oficial, mas somos obrigados, obviamente, a trabalharmos com o currículo real
onde consideramos as situações vividas na escola e nas salas de aula. Não
detectamos o uso do currículo oculto, onde o aluno tem uma aprendizagem
não-formal, espontânea, resultado das relações vividas na família, na
comunidade, na mídia.
Consideramos
que hoje é insuficiente a mera transmissão de conteúdos, pois mais importante
que ensinar conteúdos é ensinar a pensar e a aprender, por isso procuramos
privilegiar os conteúdos que favoreçam a aprendizagem contínua de novos
conhecimentos, destacando práticas do aprender ao pensar e do aprender ao
aprender.
Hoje
a escola busca outras soluções para o insucesso de alguns alunos, diagnosticamos
quais alunos precisam melhorar convidamos os pais para reuniões e repassamos o
problema, sugerimos alternativas para que os pais em casa possam ajudar seus
filhos como também trazemos esses alunos em contra turno para o Laboratório de
Aprendizagem atualmente só em Matemática, com alunos do 6º ao 9º ano, onde
trabalhamos outras metodologias que facilitem a sua aprendizagem. Sentimos a
necessidade trabalhar também a disciplina de Língua Portuguesa, porém não é
possível em virtude das políticas publicas de educação no Estado.
Oferecemos uma educação inclusiva, onde todos têm acesso ao
conhecimento, por isso, enfatizamos a avaliação nesse processo, concebendo-a a
favor da aprendizagem. Temos a concepção de que todos devem ter a igualdade de
oportunidades, mesmo diante de uma sociedade que muitas vezes é excludente e
preconceituosa como ressalta MANTOAN e PRIETO:
A igualdade de oportunidades é perversa, quando garante o acesso, por
exemplo, à escola comum de pessoas com alguma deficiência de nascimento ou de
pessoas que não têm a mesma possibilidade dos demais, por problemas alheios aos
seus esforços de passar pelo processo educacional em toda a sua extensão.(
MANTOAN e PRIETO, 2006: 20)
Nesta
proposta pedagógica, queremos destacar a avaliação com uma função diagnóstica,
tanto no que se refere à concepção quanto à aquisição de competências e
habilidades nas áreas do conhecimento nas intervenções ao longo do ano letivo.
A
avaliação, entendida como processo de apropriação, construção e reconstrução da
ação educativa, com base na LDBEN nº 9.394/96 (artigo 24, inciso V, alínea “a”)
se dará de forma contínua e cumulativa. Segundo Luckesi e Ana Carmen (1986: p 74),
A avaliação diagnóstica é um processo que acompanha o processo de
ensino-aprendizagem, buscando “diagnosticar” as dificuldades e transformar as
práticas pedagógicas de forma a superar os pontos críticos e favorecer uma
aprendizagem efetiva.
A
avaliação também é norteada pela proposta da Secretaria de Educação do Estado e
Esporte – SEEE, a qual contempla os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos da aprendizagem. Com um processo de verificação do desempenho
escolar de forma a desenvolver as competências e habilidades básicas dos
alunos, organizada em semestres podendo o professor utilizar-se durante o
processo de ensino e aprendizagem de instrumentos como: debate, trabalho em
grupo, trabalho individual, seminário, prova, painel e outros.
O processo de recuperação tem por objetivo sanar as deficiências
verificadas na aprendizagem do aluno acontecendo como está previsto no
Regimento Interno da Escola na Seção VI, Artigo 100, onde estabelece que, o
processo de recuperação será conduzido prioritariamente com orientação e
acompanhamento de estudos, mediante a identificação das dificuldades do aluno e
a aplicação de técnicas adequadas, observando-se a legislação em vigor.
Sendo
assim, a avaliação não deve ser pautada apenas em uma visão quantitativa, mas sim,
em uma sistemática avaliativa político-pedagógica inclusiva que possibilite a
todos o êxito escolar e prosseguimento nos estudos.
Como
ofertamos o Ensino Fundamental regular do 1º ao 9º ano, Educação de Jovens e
Adultos e também atendimento educacional especializado (Educação Especial) há
implicações específicas de cada uma delas em torno da qualidade do
ensino-aprendizagem, exceto pelas já mencionadas.
A
ausência de participação dos pais/responsáveis já foi um agravante do
desempenho dos trabalhos escolares, hoje temos a grande colaboração deles no
processo de ensino aprendizagem. Enquanto que na Educação Especial é a falta de
recursos didático-pedagógicos para auxiliar as aulas e de recursos humanos
suficientes, com formação específica, para atender a demanda da comunidade
local, visto que nossa escola é a única no município com atendimento
especializado, que dificulta a melhoria dos serviços.
Na
Educação de Jovens e adultos - EJA deparamos com o alto índice de repetência,
evasão já que a maioria dos alunos precisa trabalhar em Usinas da região e
quando encerra o período da moagem é necessário se deslocar até outras regiões
a procura de emprego.
Embora
tenhamos obstáculos no funcionamento da escola, avançamos no que se refere à
gestão, pois a comunidade escolar é quem escolhe, através do voto direto, num
processo democrático e participativo, seus gestores, obedecendo aos princípios da
Carta de Princípios da Educação.
O
currículo materializa, concretiza e viabiliza intenções e orientações expressas
no projeto pedagógico. Numa definição sintética, o currículo expressa tudo o
que numa instituição formal de educação espera que seja ensinado e aprendido,
seguindo uma programação ordenada em níveis de estudo (FORQUIM, 1999).
Ainda
precisamos superar a idéia de que o conhecimento escolar consiste, sobretudo,
em uma mera simplificação do conhecimento científico. Nosso sistema educacional
de ensino precisa dar espaço e condições para que as escolas tenham um
“Currículo Vivo”, cujo objeto de pesquisa seja de interesse de todos. Sacristán
(1998) diz:
Se a cultura do
currículo é uma cultura mediatizada, isto significa que a mediação torna-se
fonte de distorções dos propósitos originais declarados externamente e de
influências acrescentadas, procedentes dos contextos e das práticas que
intervêm nesse processo. Para os alunos, o contexto de mediação por excelência
do qual recebem influências é o ambiente escolar. Por isso é fundamental, para
tornar claro o currículo concreto que o aluno recebe, considerar a seguinte
dimensão: a realidade não se reduz ao que parece evidente de forma mais
imediata, é preciso esquadrinhar nela, descobrir o que não está evidente.(SACRISTAN,
1998: p 35)
Com
as transformações na sociedade atual, as exigências do mercado de trabalho e o
acúmulo de conhecimentos têm provocado uma revisão didático-pedagógica no
âmbito escolar. Assim, uma nova concepção de ensino e currículo, baseada na interdependência
entre os diversos campos de conhecimento, superando-se o modelo fragmentado e
compartimentado de estrutura curricular fundamentada no isolamento dos
conteúdos.
Para
que o novo conceito de papel social da educação se cumpra, é preciso rever o
funcionamento da escola, não só quanto a conteúdos, metodologias e atividades,
mas também quanto à maneira de tratar o aluno e ao comportamento que deve
estimular, como: auto-expressão, auto-valorização, co-responsabilidade,
curiosidade e autonomia na construção do conhecimento (estabelecendo rede de
significação interdisciplinar), entre outros.
Nossa
escola já vem refletindo sobre o seu currículo. Compreendemos que para a
aprendizagem acontecer, o conhecimento deve ser significativo e o professor tem
grande significação nesse processo.
Sempre
estamos discutindo sobre aprendizagem, da importância que a mesma tem no
processo educativo. Várias são as dificuldades nesse processo de construção,
desde a interação da família até o sistema educacional.
Não
acreditamos que a aprendizagem aconteça a partir de uma metodologia medíocre. O
aluno precisa estar motivado a aprender, e cabe ao professor faze-lo aprender a
aprender. “É importante entender que não
há um método a seguir, mas uma série de condições a respeitar.” (HERNANDÉZ,
1998:52).
A partir dessa concepção começamos a enxergar o que o aluno realmente
precisa para evoluir:

Procuramos
trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar e sentimos grandes
dificuldades para desenvolvê-lo. Sabemos que trabalhar de forma contextualizada
requer um pensamento crítico e reflexivo por parte do professor principalmente
no que diz respeito ao ensino-aprendizagem.
Ao
longo do ano buscamos incentivar os professores a desenvolver projetos
didáticos, a fim de articular os conteúdos e aperfeiçoar a metodologia. Conseguimos uma mudança de postura pedagógica,
nossos professores sentem-se protagonistas e agentes capazes desta mudança. “Notar cedo as pequenas mudanças ajuda-o a
adaptar-se às maiores que ocorram.” (SPENCER JOHNSON, Quem mexeu no meu
queijo?). A vontade de fazer uma educação melhor está nas mãos de cada
educador, e isso se fez urgente a necessidade de mudar a concepção para assim mudar
a prática.
A
pedagogia de projetos nasceu com a necessidade de reflexão sobre o papel da
escola, sua função social e o significado das experiências escolares para aqueles
que dela participam. Ela não é uma técnica de ensino mais atrativa, e sim uma
concepção de posturas pedagógicas.
Trabalhar
com projetos didáticos possibilita à escola alicerçar-se com o real, abrir-se
às múltiplas relações com o exterior. Permite que o aluno construa o sentido de
sua atividade e oportuniza-o a vivenciá-la com prazer, facilitando sua formação
como pessoa consciente de seu papel de construtor da história.
O
sistema de educação em si é classificatório, na verdade o que considera é o
número, a nota, valorizando o ter e
não o ser. Entendemos a avaliação
como um processo contínuo de apropriação, construção e reconstrução da ação
educativa, que se dá de forma contínua, cumulativa, formativa emancipatória,
mediadora e democrática. Conforme (PCN, 1997:81):
A avaliação subsidia o professor com
elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de
novos instrumento de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos,
ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem
individual e de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de
consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para
reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola,
possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações
educacionais demandam maior apoio.
O
Sistema Estadual de Educação de Alagoas implantou no ano letivo de 2005 um novo
sistema de avaliação considerando que, todos têm condições de construir
conhecimento e de desenvolver competências e habilidades, mesmo os que
apresentam dificuldades durante o processo.
Nossa
escola, bem como as demais da rede, avalia a aprendizagem dos educandos continua
e processualmente, no desenvolvimento das atividades ou trabalhos realizados
durante o processo. É através da análise reflexiva dos avanços e entraves do
rendimento da aprendizagem, que poderemos rever e redefinir nossa prática
pedagógica, para realizarmos intervenções pertinentes ao desenvolvimento dos
educandos.
Temos oito sugestões de instrumento
avaliativos da aprendizagem dos educando: observação, trabalho individual,
trabalho em grupo, debate, painel, auto-avaliação e prova. O processo de
obtenção dos resultados se dá semestralmente, podendo ser utilizando vários
instrumentos avaliativos ao longo do semestre, perfazendo no máximo 40 pontos
no primeiro semestre, e 60 pontos no segundo. O aproveitamento final é a soma
dos pontos obtidos nos dois semestres.
A
recuperação da aprendizagem é feita de acordo com a LDBEN nº 9394/96, artigo
24, inciso V, alínea “e”, e com os princípios 45, 46, 47 da Carta de Princípios
da Educação, como também no Regimento Interno da Escola.
Não
temos problemas com alunos reprovados por falta, mas os mesmos e seus responsáveis têm ciência de que é
preciso ter no mínimo 75% de presença para serem aprovados, de acordo com a
carga horária de cada disciplina e que, ultrapassando esse percentual , estarão automaticamente reprovados por
falta, conforme o artigo 24, inciso VI da LDBEN nº 9394/96.
Todo
o processo de ensino e aprendizagem é objeto de recuperação e acontece como:
Recuperação Contínua - realizada sempre que o educador perceber que não ocorreu
uma aprendizagem significativa, enfatizando a dimensão qualitativa no
desenvolvimento das aulas regulares, sendo inserida no trabalho pedagógico do
dia-a-dia da sala de aula; Recuperação Paralela – realizada ao longo do ano
letivo, em horário alternativo, destinado ao atendimento dos educandos com
dificuldades específicas não superadas, devendo ser objeto de planejamento e de
um trabalho diferenciado da sala de aula; Recuperação Final – oportunizada aos
educandos que, após recuperação contínua e/ou paralela, não tenham superado
suas dificuldades na aprendizagem e que tenham atingido um rendimento quantitativo
de no mínimo de 25%.
Enquanto
educadores somos ciente da importância do nosso trabalho, do quanto colaboramos
na formação do sujeito. Assim, como podemos ensiná-los, também podemos
condená-los à ignorância.
Em
1996, a
comissão internacional sobre educação para o século XXI, produziu um relatório
para a UNESCO, delineando o que podemos dizer que são os objetivos da educação
do novo milênio. DELORS (1998:32) nos diz:
(..) Para poder dar resposta ao conjunto
das suas missões, a educação de organizar-se em torno que quatro aprendizagens
fundamentais, ao longo da vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os
pilares do conhecimento: aprender a
conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre
o meio envolvente; aprender a viver
juntos, a fim de participar e
cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que
integra as três precedentes. É claro que estas quatro vias do saber constituem
apenas uma, dando que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de
relacionamento e de permuta.
Para
ajudarmos nossos alunos a desenvolverem estes quatro pilares, é preciso que nós
os tenhamos assimilado para que de fato eles possam ser transmitidos em nossa
vivência e prática cotidiana.
Desenvolvemos nossas atividades escolares
mediante o planejamento anual que fazemos durante a semana pedagógica,
realizada antes do início das aulas, e
os projetos pedagógicos propostos baseando-se nas necessidades do
processo ensino e aprendizagem. Além de trabalharmos com projetos, também
realizamos algumas atividades culturais e sócio-educativas pertinentes a ação
educativa, como Jogos Estudantis e Gincanas escolares.
Algumas
atividades são desenvolvidas todos os anos, de acordo com o período, como
demonstra o quadro a seguir:
ATIVIDADES ESCOLARES ANUAIS
|
|||
Atividade
|
Semana Pedagógica
|
||
Objetivo
|
Planejamento
e formação
|
||
Período
|
Fevereiro
|
Público
Alvo
|
Professores
|
Atividade
|
Projeto
Quebra Tabu
|
||
Objetivo
|
Sensibilização
e formação da comunidade escolar sobre a sexualidade
|
||
Período
|
Maio/junho/julho
|
Público
Alvo
|
Comunidade
escolar
|
Atividade
|
Festividade Junina
|
||
Objetivo
|
Valorização
da cultura regional e confraternização
|
||
Período
|
Junho
|
Público
Alvo
|
Alunos
|
Atividade
|
Reuniões do Conselho Escolar
|
||
Objetivo
|
Deliberações
e Fortalecimento da Gestão Democrática
|
||
Período
|
Periodicamente
|
Público
Alvo
|
Conselheiros
|
Atividade
|
Reuniões com funcionários
|
||
Objetivo
|
Deliberações,
avisos e repasses.
|
||
Período
|
Todo
o ano
|
Público
Alvo
|
Comunidade
escolar
|
Atividade
|
Projeto Nossa Alagoas
|
||
Objetivo
|
Propiciar o conhecer os aspectos
sócio-economico-politico e cultural do Estado de Alagoas
|
||
Período
|
Setembro/Outubro/Novembro
|
Público
Alvo
|
Alunos
|
Atividade
|
Comemoração de datas comemorativas
|
||
Objetivo
|
Conhecer
e celebrar datas importantes para a história.
|
||
Período
|
Todo
o ano
|
Público
Alvo
|
Comunidade
escolar
|
A
instituição é avaliada de forma contínua em relação ao desempenho das
atividades educacionais, administrativas e pedagógicas, a fim de que os erros
possam ser corrigidos e de que haja um constante aperfeiçoamento das ações.
Além disto, diante do processo democrático no qual a escola está envolvida, fazem-se
mais do que necessário um constante processo de auto-avaliação e avaliação
coletiva, onde todos os sujeitos envolvidos
Por
entendemos que o Projeto Político Pedagógico é um documento que necessita de
constante atualização devido à mutante dinâmica da realidade escolar e que é
uma construção coletiva. Neste contexto, nos propomos, a cada dois anos,
avaliar e aprimorar o presente documento com a participação de todos os
sujeitos da comunidade escolar, através de reuniões onde estudaremos e refletiremos
sobre as mudanças necessárias para sua atualização de acordo com a realidade
escolar.
Para a elaboração deste projeto, contamos com a participação de
representantes dos segmentos professor, aluno, funcionário e pais. Em virtude
das dificuldades encontradas durante a construção do projeto, contamos ainda
com a colaboração de outros profissionais que não fazem parte do corpo técnico
da escola.
União
dos Palmares – AL, 26 de outubro de 2011.
ARANTES,
V. A. (org.). Inclusão: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus. 2006.
BRASIL,
Secretaria de Educação a Distância / MEC. PCN
na Escola – Diários: Projetos de Trabalho. Brasília: 1998. (Cadernos TV
Escola)
CARTA DE
PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO: Construindo a Escola Cidadã. Maceió:2000.
DELORS, Jacques.
Educação: Um tesouro a descobrir. São
Paulo: Cortez, 1998
FORQUIM,J.
C. O currículo entre o realismo e o universalismo.
IN: Revista Educação e Sociedade, N° 73; Porto Alegre. 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes Necessários
à prática educativa. 16 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996
GADOTTI, Moacir.
Concepção dialética da educação: Um
estudo introdutório. São Paulo: Cortez, 1986.
GOVERNO DO
BRASIL. CNE. Lei N° 9394/96. Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional.
HERNANDÉZ,
F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre:
Artmed,1998.
LIBÂNEO, J. C.
Democratização da escola publica. São Paulo: Edições Loyola. 1985.
NÓVOA, Antonio. Os professores e sua formação. Lisboa:
Dom Quixote, 1993.
SACRISTAN,
G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Potro Alegre: Artmed. 1998.
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